quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Os Estados Unidos e os Demais




Retorno, depois de muito, com um assunto de grande importancia e muito bem discutido por mim e Scarlett.

Há em pauta um assunto polêmico: compartilhamento de dados pela internet em detrimento aos direitos autorais. Tal tema decorre de dois projetos de lei P.I.P.A. ( Protect IP Act) e S.O.P.A. (Stop Online Piracy Act - Lei de Combate à Pirataria Online) criado pelo senador estadunidense Lamar Smith, representante do estado do Texas. "Se aprovadas, essas leis criarão um controle sobre a internet, afetando desde negócios online até o livre compartilhamento de cultura."
No ultimo sábado - 4/02/12 - estivemos falando sobre isso. Eu me posicionando contra a pirataria no geral, mas não me posicionando sobre o tema por não ter me informado a respeito; já Scarlett, como fiel acompanhante de várias séries, inclusive séries de pouquíssima repercussão no Brasil, sabia de detalhes como o dia em que a votação da lei foi prorrogada.
Como sempre os Estados Unidos da America estão a frente de uma decisão que afetará toda a rede mundial, e não seria dessa vez que o posicionamento estadunidense mostrar-se-ia correto; mais uma vez há um imposição dessa "potência" imperialista sobre os demais. É evidente que existe a questão dos direitos autorais, com certeza as produtoras devem receber os seu trabalho, assim como os atores e todos os demais que fazem com que possamos sentar no sofá e assistir a um programa, filme, série, etc. Mas também é certo que isso deve chegar até nós, e, venhamos e convenhamos a internet é hoje, sem sombra de duvida o melhor meio de divulgação de tais, além e apesar da TV por assinatura - que alias não é de acesso generalizado. O importante e essencial que pude ver nessa questão é que as leis propostas serão mais um meio de censura, mais um meio da censura estadunidense. E serão uteis para a alta burguesia mundo a fora, ou seja, mais uma vez somos deixados a margem de uma sociedade em que somos maioria em quantidade e qualidade de trabalho. E, não sei, mas duvido que tais projetos de lei tem alguma proposta de facilitar nosso acesso a algum dos produtos a que estão prestando tanto seus direitos autorais, como por exemplo, diminuir seus preços, exportar todos os filmes e séries para que possamos conhecê-los - assim como podemos fazê-lo hoje através da internet. Assim, a queridinha USA impõem mais uma vez, e mais uma vez pessoas acreditam que é correto, que eles não fazem nada que não seja legal. Mas será mesmo que a lei está correta? As pessoas acreditam muito no poder da palavra LEI, assegurando a mesmo como sinônimo de retidão. Eu acredito que a lei, hoje, é puramente vazia. A partir disso eu pensei, os EUA tem, desde sempre, distorcido as leis à seu favor, exatamente porque são vagas demais. Guerra fria, por exemplo. A Europa era o centro do conflito, já estava completamente destruída pelas Grandes Guerras; os EUA, bons como são, estenderam uma mão amiga aos europeus ocidentais - até porque os orientais já aviam sido abraçados pelos soviéticos. O que os EUA queriam? Nada, alem de apoio; mas isso é muito fácil, apenas apoio por uma reestruturação física e política. Mas a Europa estaria "devendo uma" aos Estados Unidos, mesmo que eles não cobrassem, pois isso é natural quando nos fazem um "favor", sentimo-nos em divida com o outro. Dai eu dei um exemplo à Scarlett: "Os EUA sou eu, ela é a Europa; eu digo à ela 'Scarlett, sua casa esta com goteiras, vou pagar uma cobertura pra você, e não quero nada em troca, você é minha amiga, ta comigo'; ela aceita, pois está mesmo precisando de um telhado; passado um tempo eu a procuro e digo que estou pensando em abrir um carrinho de pipocas, mas não tenho onde colocá-lo, comento também que tem muito movimento perto da casa dela e tal, ela, mais do que depressa vai oferecer o quintal da sua casa, mas eu, modesta que sou, vou dizer que já que ela insiste aceitarei dois metros de terra; tudo tranquilo até que ela percebe que eu não tampo a panela e produzo pipocas sem parar, o quintal está tomado pelas minhas pipocas, mas não há espaço para o lazer dela." Assim aconteceu com a Europa, e hoje, por mais que eles não queiram, seus "quintais" estão tomados de "pipoca".
Por isso é importante, sabermos nos posicionar; principalmente se esse posicionamento for fundamentado, o que - segundo a minha verdade - estará contraio ao dos Estados Unidos da América. Mas fora a minha aversão, e retomando ao assunto inicial, devemos nos movimentar para deter a censura que pode nos atacar com as propostas estadunidenses. Vamos participar, vamos buscar saber, vamos boicotar a rede. ABAIXO À CENSURA!

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